Com certeza, você já deve ter ouvido falar sobre alimentos funcionais. Aqueles que são frescos e naturais e que possuem substâncias benéficas para a nossa saúde, ajudando a prevenir e tratar problemas como diabetes, má digestão e prisão de ventre, por exemplo.
Agora, você já ouviu falar sobre probióticos, prebióticos e simbióticos? Pois bem, entrando em uma abordagem mais técnica, o nome desses alimentos pode até assustar um pouco, mas sua definição é simples.
Os probióticos, prebióticos e simbióticos se enquadram na definição de alimentos funcionais, ou seja, além de cumprirem sua função básica de nutrição, também contribuem com a proteção do nosso organismo, especificamente o intestino, e até mesmo reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, osteoporose, câncer e outras enfermidades.
Portanto, fique comigo neste artigo, que vou explicar da forma mais descomplicada possível as características e particularidades desses três tipos de alimentação.
O que são os probióticos
Primeiramente, probióticos são microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde quando ingeridos em quantidade adequada.
Sabe o famoso Yakult tomado diariamente por milhares de pessoas no mundo? É isso mesmo que você está pensando. Os tais lactobacilos vivos que a gente vê estampados na embalagem desse produto são um tipo desses microrganismos.
Basicamente, probióticos são aquelas bactérias geralmente encontradas em produtos lácteos ou à base de leite fermentado, como os iogurtes e o próprio Yakult e seus concorrentes no mercado.
Calma! Não é por serem bactérias que são coisa ruim. Pelo contrário, elas são pertencentes aos gêneros Lactobacillus, Bifi dobacterium e Enterococcus faecium, sendo frequentemente empregadas como suplementos nos alimentos.
Em outras palavras, são bactérias que conseguem ultrapassar a barreira do estômago, chegando ao intestino e passando, então, a “brigar” com outras bactérias que podem causar doenças. O resultado é a redução do risco de ocorrência de enfermidades oriundas do intestino.
Porém, fica um alerta: essa queda de braço em que os probióticos saem vitoriosos não dura muito. Uma semana, no máximo quinze dias. Por isso, recomenda-se ingerir esses alimentos funcionais com frequência, como um hábito.
O que são os prebióticos
Bem como os probióticos, os prebióticos são bactérias que também estimulam boas condições na mucosa intestinal, porém são componentes alimentares não digeríveis. O maior exemplo são as fibras, apesar de nem toda fibra ser considerada prebiótica.
Nesse sentido, como os componentes das fibras prebióticas não são absorvidos, eles penetram no intestino grosso e fornecem substrato para as bactérias benéficas na microbiota intestinal.
A inulina, os fruto-oligissacarídeos (FOS) e os galacto-oleossacarídeos são bons exemplos de prebióticos. Adicionalmente, eles estão presentes em plantas e são isolados e adicionados aos alimentos por processos industriais.
O que são os simbióticos
Por último, temos os produtos simbióticos, que nada mais são que a combinação entre prebióticos e probióticos.
Ao unir adequadamente os dois principais alimentos funcionais aqui abordados, os simbióticos são capazes de aumentar os efeitos benéficos de cada um deles, agindo não só no intestino grosso, mas também no delgado, otimizando todo o trato gastrintestinal.
Portanto, na dúvida entre prebióticos e probióticos, os simbióticos configuram-se como a escolha mais assertiva.
Amigos do intestino
Em suma, todos esses alimentos funcionais, prebióticos, probióticos e simbióticos, são verdadeiros aliados à saúde do microbioma intestinal. Sobretudo, seu consumo regular pode proporcionar um equilíbrio do conjunto de microrganismos que habitam o intestino.
Por sinal, um intestino saudável promove o bem-estar e o menor risco a doenças, especialmente as gastrintestinais. E ainda há evidências de que esses alimentos possuem efeitos benéficos inclusive ao controle do colesterol e da pressão arterial, além de seu papel no combate ao câncer de cólon. No entanto, todas essas propriedades funcionais ainda são objeto de estudos na comunidade científica mundial.
Enfim, trata-se de um assunto relativamente novo na academia médica, porém muito promissor, que se une a outras pesquisas sobre o manejo saudável da microbiota, envolvendo tanto o uso de pré e probióticos quanto os pontuais transplantes de bactérias presentes nas fezes humanas.
Vale uma ressalva: a eficiência desses alimentos para a saúde e a nutrição humanas é intimamente ligada ao metabolismo intestinal de cada pessoa. Por isso, antes de qualquer atitude por conta própria no que se refere à adesão a dietas funcionais, é extremamente importante consultar um médico nutricionista ou especialista na matéria.